A criação da fronteira entre Argentina-Brasil-Paraguai a partir dos processos-chave.

O livro é o primeiro projeto do Instituto 100fronteiras e está alinhado ao propósito da Instituição, que fomenta a cultura local e mantém preservada a história da região trinacional. O livro explica a formação da fronteira Argentina–Brasil–Paraguai, a partir de dois processos-chave:  a construção da então maior usina hidrelétrica do mundo (Itaipu Binacional) e a criação da cidade mais importante do Paraguai, depois da capital Asunción (Ciudad del Este).

Sobre o projeto

No dia 20 de dezembro de 20222, ocorreu o lançamento do livro Breve História da Tríplice Fronteira, uma obra escrita pelo Dr. Micael Alvino da Silva, doutor em História pela USP e professor de História das Relações Internacionais na Universidade Federal da Integração Latinoamericana. O evento foi realizado no Bourbon Cataratas do Iguaçu Thermas Eco Resort e contou com uma breve explicação do autor sobre o livro Breve História da Tríplice Fronteira, além de uma sessão de autógrafos.

O livro é resultado de mais de dez anos de pesquisa do historiador que sempre foi instigado a entender a formação da região. Segundo o autor, na década de 1950 havia em torno de quatro mil pessoas dos três lados da Tríplice Fronteira entre Argentina, Brasil e Paraguai. Em 1970, havia apenas 7% dos 902 mil habitantes registrados em 2010 nos três lados da fronteira.

Então, como explicar esse rápido crescimento? Essa é a questão que o livro busca responder, com o objetivo de apresentar uma explicação histórica para as mudanças que tornaram uma remota região em uma complexa região internacional nas primeiras décadas do século 21.

Números

Sete fatos sobre a Tríplice Fronteira

  1. Antes de 1500, foi lugar de povos originários Guaranis, sendo passagem de coletores, caçadores e nômades, De 1492 até 1750, pertencia à Espanha. Em 1626 havia duas missões jesuíticas, uma onde hoje é Ciudad del Este e outra em Foz do Iguaçu, próximo das Cataratas.
  1. Empresários argentinos tinham autorização do governo do Paraná para explorar erva-mate, até 1930. Em 1940, tinha 45 portos no rio Paraná, de Foz do Iguaçu a Guaíra. A Argentina tinha o domínio da navegação até a conclusão da Ponte da Amizade, em 1965.
  1. Em 1959, foi concluída a Ruta 7 (Paraguai) e a Ponte da Amizade começou a ser construída (conclusão em 1965). Foi o fim da “era dos barcos” argentinos. Depois de 1950, as relações Brasil-Paraguai mudaram a história. Em 1960 começou a funcionar o comércio de Ciudad del Este, que teria seu auge nos anos 80 e 90.
  1. Havia 4 mil habitantes em 1950, 76 mil em 1970, 249 mil em 1980, 466 mil em 1990 e 902 mil em 2010. Em 1970 havia 7% da população contada em 2010.
  1. Itaipu transformou a região. Construiu 11 vilas e 9515 casas, sendo 55% no Brasil e 45% no Paraguai. As casas de Itaipu abrigaram, em média, 38 mil pessoas no final de 1979. Esse número era maior do que toda a população de Foz do Iguaçu em 1971 (que era de 34 mil).
  1. Dos estrangeiros registrados na Polícia Federal em 2017, 46% eram argentinos e paraguaios. A imigração alemã foi muito forte no início de 1900. Depois de 1970, houve a imigração de pessoas do Oriente Médio e da Ásia.
  1. Do total de estrangeiros em Foz do Iguaçu, 22% são libaneses, 10% dos chineses e 8% estudantes da Unila. Mais de 5 mil brasileiros estudam medicina no lado paraguaio da fronteira.

Metas

Valorizar a história da Tríplice Fronteira por meio da divulgação científica, cursos e ações culturais.

Resultados

ESGOTADO! Primeira tiragem de 1000 exemplares em Português, Espanhol e Inglês foram distribuídos no Brasil, Paraguai e Argentina.

Equipe

  • Edição: Denys Grellmann
  • Revisão: Douglas Furiatti
  • Projeto gráfico: Patrícia Buche
  • Arte da capa: Fernanda Fioravanti
  • Imagem da capa: Arte sobre o mapa da Tríplice Fronteira desenvolvido por
  • Marcelino Teixeira Lisboa.
  • Tradução de textos para espanhol: Mildred Astrid Torres Umba
  • Tradução de textos para inglês: Ana Furgineli
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